sábado, 5 de novembro de 2011

Recuerdos de Guria

Hoje acordei com a sensação de que o Mundo se transforma
E toma a forma que eu quiser, pinto as cores da aquarela e
 abro as portas pra o amor que vem...
não sei de onde nem quando, não sei quem
Sou a Guria que rodava, e tonta de tanto rodar
Caía as gargalhadas no chão...
Descendo a ladeira da sanga, com algum canto a ‘assobiá’
Logo via junto de mim. Pular no galho um sabiá
O gosto da fruta no pé, já não é o mesmo de hoje...
Vivo num mundo de pressa, na velocidade da vida a passar
Vovó não me espera na varanda, tio Darci não me leva mais passear
Os primos que outrora eu tinha, em outra morada foram morar...
De pé sujo no chão barreado, que doce o dia era, correndo, cabelo ao vento
Ia a indiazinha estrada a fora...
Doces lembranças do que hoje só resta Tapera...
Como bem disse Noel Guarany:
‘ Cantamos que a vida passa como chuva de verão’
Depois de mulher crescida, a Guria que a lejos brincava
Permanece viva em mim, bem no fundo do peito
Porque pula tanto assim meu coração?!.. É  Saudade...e saudade cresce qual mato em campos não percorridos...Porque tem que ser dessejeito...
‘ Cantamos que a vida passa...’

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