quinta-feira, 24 de novembro de 2011

‎'A Vida é Linda e o Meu viver mais Lindo ainda'

Intensidade é a palavra que me move.
Amor é o que me faz levantar da cama todos os dias.
DEUS é a Razão da Minha Existência,
... e a Maior prova de que Não estamos sozinhos na caminhada.
Minha Família eu prefiro chamar de Porto Seguro,
Base Insubstituível no verbo Amar.
Amigos tenho poucos,Mas Raros e Loucos,
Pessoas Incrivelmente especiais.
Meu Viver? Indescritível !
Com Amores e Desilusões,
seus acordes e sabores mil...
Se pensares verás que com suas curvas e surpresas no trajeto
Nossa Vida se assemelha a um Rio,
E admirando a Beleza do Rio Uruguai mais me asseguro disso.
' A Vida é Linda e o meu viver Mais lindo ainda.'

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Que dera ir-me Contigo agora...

Ai essa saudade baita, arrepia,enoza o peito
Cabelos negros ao vento escutando o som da gaita
cantarolando a velha canção
Quem dera ir-me pra perto de ti agora
Largar a tristeza campo fora, correr pra o teu rincão
Na cidade a frieza impera, lembro como doce a vida era
nos meus tempos de guria,recordo o rancho tapera
As manhãs de calmaria e tardes ensolaradas...
Saudade de minha terra! Como feliz eu era no rancho de minha vó
O coração da um nó, e xucro aqui corcoveia,
o sangue corre na veia no pulsar da emoção.
Ante os espinhos dessa estrada, que a vida me põe a passar
Minha Porto Alegre que por hora tristonha
Cantando ei de alegrar...
E um dia quem sabe lá pra fora com fé, ei de voltar.
Plantar tempero,colher fruta no pé
Seja na Terra de Sepé ou no Berço de água pura
Minha doce Iraí que tanto amo... é Graça,Beleza e Ternura
Onde deixei amores dos quais uns não mais verei
Pero, um dia sei que volto, e de longe escutarei
da barranca do meu Rio Uruguai, barranqueando um sapucai,
o índio do berro grosso
Dançarei com aquele moço que escrevendo e cantando,tanto, tanto esperei.
Abre a gaita gaiteiro e chama no chamamé,
que a vida é um passo de dança E mesmo caindo se ajeita,
o sonho é ponte, esperança, de rever meu bem querer...
Ah quem me dera encontrar-te agora,nem sei o que faria primeiro
Se um abraço, sentir o cheiro, ou beijo e esqueço o mundo
Na alma meu cala fundo, me faz volver Guria.
Com o verde do campo nesses olhos,permeia os sonho meus
Tens a calmaria das madrugadas e o encanto do balançar de Rio
Por quem procura meu andejar aragano...
Que caliente há de quedar-se no moreno do corpo teu
Moreno dos olhos verdes...verdes campos nos meus olhos
Grandes jabuticabas, com ternura te miram, e se põe a abençoar...
Ai que saudade da minha terra! Que doce a vida me era, doce de novo será
Quando a estampa dessa Xirua, apontar no estradão, com a certeza na alma,
que dessa vez é pra ficar, no peito o coração vai bater forte,
feito coice, sabe que ali é o seu lugar...
Quem dera ir-me correndo agora... De sanga banho tomar,
esquecer as amarguras.
Reaprender a Amar.
Quem dera ir-me adormecer nos teus braços,contar estrelas à noite.
Ser só tua e tu só meu.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Gaúcha

Pouco Importa onde seja Qual o rancho pra morar
Pode ser Quinchado de santafé, pau a pique barreado
O patrão velho La de riba há de abençoar.
A vida é um passo de chamamé,Com jeitinho,bem bailado...
Diz a escritura Sagrada, melhor serem dois que um
Na queda se levantam, no frio se esquentam...
A mulher é esteio da casa, o homem fartura da mesa.
Índio guerreiro peleja,não deixa faltar o pão
A prenda flor do pago, cria os filhos, segue a luta,
Não descuida nem um tento, Guapa, princesa, Xirua...
Espera seu Homem depois da lida num misto de paixão e ternura
Já foi Eva, Foi Anita...Se Enfeita com vestido de xita e pra ele se põe a dançar,
Assim é a vida dela, Mãe, Guerreira,Amante e Mulher, com filhos casa e marido
Cuidar, Amar e Orar...
Não existe no coração da Gaúcha, palavra mais Bendita
Que seja mil vezes dita E soa cada vez diferente,
Mais doce e recente do que a palavra Amar,
ama Incondicionalmente, é paciente, sabe esperar...
Por mais que o amor esteja distante, nada a impede de sonhar...
E quando ela sonha, o mundo se transforma e toma a forma que ela quiser...
Agora diz, existe criatura mais bendita na terra
que a Mãe, Guerreira, amante, Mulher?!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Xucro

Quando o peito chora a saudade baita de um bem querer
Coração aperta e baixinho chora sem entender,
que foste distante a lejos do pago e embora amantes não vais voltar
teu rosto menino, guardei na retina pra não esquecer
o dia que disse prenda querida estarei contigo até morrer
Vai pensamento,voa pra longe, pros braços dele pra descansar
Vai peito xucro, que aqui dentro a galopar, vive lembrando o doce encanto
Dos lábios dele a me beijar...
Quando em pranto imploro a ti Gaúcho para ficar
Meus olhos serenos te miram tristes sem enxergar
Suplico Ao padrinho pobre negrinho do pastoreio
Que tragas de volta meu norte meu rumo, que era paz e esteio
Na boieira fico ás tardes fagueiras a te esperar
Com Fé e esperança, qual uma criança a suspirar...

sábado, 12 de novembro de 2011

Morocho Saudade

O verso que escrevo agora tem sabor de saudade
Daquelas que não se explica, parece feita pra eternidade
Ai meu bem querer, que há tempos anda a lejos
Nem mesmo em sonhos te vejo, mas sei que não esqueci
Teu sorriso de Guri que até o escuro Ilumina...
Recuerdo a veracidade dos carinhos nas madrugadas
Quando o frio da noite chegava e solitos nos quedávamos
Em meio ‘aos pelego’ do rancho de pau a pique barreado
E o céu de convidado a estrelar o nosso achego
Meu corpo no teu moreno, fazia o Mundo pequeno
Pra quem nasceu pra se amar...
Em dias de tempestade que vem levando tudo por diante
A cuia pegava de relancina e devereda se acalmava
Tudo num mate a dois se ajeita, sempre dizia isso
Se queda tudo Sereno...
Tempo Guapo que não volta, a vida é um trem que só vai
Não tem previsão de parada...
É um breve espaço de tempo entre a partida e a chegada

De sono e de Sonho

A teoria do sono

Quando sinto os olhos a caperiar uns pelego
Devereda sinto o enlevo e o toque suave do sono
A Lida do dia me espera, que doce a vida era
nos enredos do meu sonho...
Sonhava com flores amarelas, nascida no rancho tapera
Aquele lá da vovó...escutava um rococó era o Galo me Acordando
Jurei ir cantar na panela, mas resolvi voltar pra o sonho
Vi o Índio que eu amava me esperando na janela
De cuia e chaleira na mão, muy guapo e ancioso
Mas tudo que é demais no caminho se atrapalha
O galo veio de novo desmoronou meu rico sonho e
foi cantar na caçarola velha...
E assim é a vida, nem a Ilusão é perfeita, com calma tudo se ajeita
Mas Che o sono é coisa medonha mesmo tentando volver
As vezes não se indireita...
Resta a realidade de um dia sonolento, num gauderiar pacholento
Da vivente que lhes fala...pego meu relho, meu pala, e me mando campo a fora
Porque o sono,bicho triste a gente doma na espora...

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

ANTE AS PALAVRAS QUE ME SÃO DITAS

Decidi que mais nenhuma injúria será capaz de me fazer derramar uma lágrima sequer
Que minha Maturidade e não autoridade será mostrada a todos que necessitarem
E que meus ouvidos ouvirão e Guardarão no baú das lições do que não deve ser copiado,
as Malidicências e coisas sem muito fundamento, coisas que só atrasam, não acrescentam só diminuem,
E Decidi também que meu Coração vai ESCUTAR só coisas Boas,
guardá-las ,faze-las acontecer e brilhar !
porque um dia aprendi que o que se ouve se esquece,
Mas o que se escuta com o coração e a alma se Recorda sempre.
(Lisi Fernandes)

DESABAFO

Mas Che que mundo esquisito
Meu peito pula aflito com a educação dessa gente
Na rua um baita dum dia bonito, o sol brilha lindaço
E tem vivente que te trata á manotaço como se fosse um cavalo
Se tu responde a altura, é grosso, bicho das grota mesquinho
Por mais que mereça o revés melhor é ficar bem quietinho
Tem uns Xiru da guampa torta que não vale nem meu buenas tarde
Uns bocó, baita cola fina, cérebro de titica de passarinho...
(Se olhassem pela janela veriam o dia Lindo com que o Criador nos presenteou,
Quem sabe teriam um dia melhor.
E se olhassem para dentro de si, veriam que os problemas tem o tamanho
Da importância que damos a eles.)
Lisi Fernandes

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Nostalgia Aragana

Meus momentos, só meus
São aqueles em que me vejo livre de pensamentos
Aqueles que me levam direto ao braços teus
Já briguei comigo mesma, já tentei me libertar
Mas a cada lembrança boa do teu corpo moreno
A vontade maior é de correr pra te encontrar
Índio de rosto trigueiro, do sol nas andanças tiatinas
Faz da minha vida um céu de brigadeiro
Daqueles que cega a vista ao olhar
Quando solita me encontro
sem nem perceber Pra um canto
destino os olhos e o nada fico a mirar
Esse vazio que por vezes admiro
Na verdade são vertigens
onde viajo e ultrapasso a barreira do pensar,
tudo isso num só lançante pra ligeiro aquele rosto encontrar,
Palavras nem sempre me bastam,
Mas acalmam quando a distância não se pode mudar,
(tem vezes que se torna tão imensa a barreira do Ser e Estar.)
-Lisi Fernandes

sábado, 5 de novembro de 2011

Recuerdos de Guria

Hoje acordei com a sensação de que o Mundo se transforma
E toma a forma que eu quiser, pinto as cores da aquarela e
 abro as portas pra o amor que vem...
não sei de onde nem quando, não sei quem
Sou a Guria que rodava, e tonta de tanto rodar
Caía as gargalhadas no chão...
Descendo a ladeira da sanga, com algum canto a ‘assobiá’
Logo via junto de mim. Pular no galho um sabiá
O gosto da fruta no pé, já não é o mesmo de hoje...
Vivo num mundo de pressa, na velocidade da vida a passar
Vovó não me espera na varanda, tio Darci não me leva mais passear
Os primos que outrora eu tinha, em outra morada foram morar...
De pé sujo no chão barreado, que doce o dia era, correndo, cabelo ao vento
Ia a indiazinha estrada a fora...
Doces lembranças do que hoje só resta Tapera...
Como bem disse Noel Guarany:
‘ Cantamos que a vida passa como chuva de verão’
Depois de mulher crescida, a Guria que a lejos brincava
Permanece viva em mim, bem no fundo do peito
Porque pula tanto assim meu coração?!.. É  Saudade...e saudade cresce qual mato em campos não percorridos...Porque tem que ser dessejeito...
‘ Cantamos que a vida passa...’

Leonardo !


Como é bom te ver sorrir
Ganhar um beijo teu é proseguir mais contente a caminhada.
Meu coração bate no compasso do descompasso e correria,
São coisas do dia a dia ainda não bem entendes,
 mas sabes,te ama muito essa boba tia que quando pode
no meio da rotina maluca, tira um tempo e contigo brinca
com Bola, carrinho,peruca...
Peço a Deus para que sejas um Homem de Fé e de Luta ,
 que constitua Família, Ame teus filhos e siga tua caminhada
acreditando que a vida pode ser Bela, depende das  cores com que tu a pinta.
Quero te ver Sempre Sorrindo, brilhando teus olhinhos de mel
Me sobrinho amado, meu filho, meu Leo... que teu sol brilhe altivo
E Estrelado sempre seja teu céu.