Por longos dias espera, ao recostar da grande janela
O guasca que anda distante, longe de sua donzela
A prenda de olhos marejados, não cansa de esperar
Com o coração apertado e esperança partida, a estrada fica a mirar
De onde virá seu amor, o dono desse destino aragano
Que por mais que lhe faça feliz ,também faz chorar e chorar
Por ele espera um dia, pode até passar um ano,
Um dia ela sabe que volta, e nesse acontecimento dito
Falo,digo e repito, um dia será um segundo,
e 12 meses bem menos que um ano...
O Roçar da barba, o agarrar dos cabelos, a pele quente, na pele nua
De um rosto que arde, corado de desejo, é o se achegar de um andejo
Que a prenda vem amansar...
E naquele simplório ranchito, um casal se queda solito e se entrega aos
Sublimes carinhos de um amor sem fronteira...
Até a lua vem espiar,No céu ponteia lindaça, e clareia o afago desdito
Dois corpos trêmulos e nus, ao suspirar do peito aflito...
O sol que desperta os amantes é o prenúncio da despedida
O índio sabe que volta, mas partida é doída...
Nos lábios leva o gosto, dos beijos doces da china...
e segue sua estrada, seu rumo, ao pulsar do coração tapera
Que A vida é peleia bendita, num hino de amor ao Chão e o amor uma sofrida espera...